De Bike no Vale Europeu
Casalazer Helder&Cris Experiências pessoais

De Bike no Vale Europeu

Quando percorremos (eu e a minha esposa), o Caminho de Santiago em Setembro de 2018, pedalamos, alguns dias com um conhecemos o casal de ciclista (Campos e Ali) que moram no Sul do Brasil. Durante o passeio eles comentaram que nós deveríamos percorrer o Vale Europeu de Bike em Santa Catarina. Outra amiga (Débora) que também conhecemos no Caminho, disse a mesma coisa: “vocês vão curtir muito!”.

Chegando ao Brasil, enquanto estávamos nos organizando para fazer uma apresentação na Associação dos Amigos do Caminho, que fizemos em dezembro de 2018, sobre a nossa experiência no Caminho de Santiago, decidimos que o nosso próximo desafio seria percorrer o Vale Europeu de Bike, após o Carnaval de 2019.

Compramos bikes mais modernas, entramos para um Grupo de Bike (Ávila Adventure), comprei até 2 bicicletas de Spinnig para ajudar no treinamento em casa, já que normalmente chove muito nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro (o nosso verão é quente e chuvoso). Com o Grupo do nosso Amigo Jander Ávila, fizemos muitos passeios e conhecemos, de Bike, lugares fantásticos no entorno de BH.

Aos poucos fomos nós organizando, fazendo os ajustes nas datas, reservas de pousadas, definindo o que é melhor para levar, equipando as bicicletas e treinando para conseguir fazer os 300 km do Circuito Vale Europeu Catarinense.

Saímos de Belo Horizonte no dia 01/03/2019 com destino a Itapeva – Sul de Minas, para passar o período do Carnaval, participando de uma “Vivencia de Respiração” – SENSACIONAL. Não dá para explicar. Tem que ir lá e participar! No dia 04/03, seguimos viagem com destino a Santa Catarina. Atravessamos o Estado de São Paulo, paramos para descansar próximo a Curitiba – Capital do Paraná e no dia 05/03, chegamos a Timbó/SC, local do início do Circuito. Após nos acomodarmos, fomos passear um pouco pela cidade. Enquanto estávamos fazendo um lanche no Restaurante Tapyoca (não tem Tapioca), chegou um Grupo de Ciclista que estava finalizando o percurso.

1° dia (06/03/2019) – Timbó a Pomerode
Acordamos cedo, café da manhã, organização dos Alforjes (apanhamos um pouco para ajustar bike, bagageiro, alforjes, peso…). As 08:00, iniciamos o passeio em frente a “primeira placa oficial”. Trecho bem tranquilo, margeando o Rio Ada, plano com algumas costelinhas (a Cris não curte muito – risos), pouco sombra e muito sol. Tudo muito limpo, organizado, bem demarcado e com muitas Casas em estilo Enxaimel, datadas no início do século XX. Neste dia, apenas uma subida forte de aproximadamente 2 km, seguida de uma grande descida até Pomerode.
Veja como foi o nosso primeiro dia.

2º dia (07/03/2019) – Pomerode a Indaial
Antes de iniciar o passeio, fizemos um BikeTour pela cidade de Pomerode (pórtico, praças, Igrejas Luteranas e muitas casas no estilo “Enxaimel” – técnica de construção que consiste em paredes montadas com hastes de madeira encaixadas entre si em posições horizontais, verticais ou inclinadas, cujos espaços são preenchidos geralmente por pedras ou tijolos). As 9:00, chegamos no marco zero do 2° dia. O trecho foi em estradas de terra, em meio a Mata Atlântica, margeando um rio com muitas corredeiras. Pegamos um pouco de chuva e tivemos a sorte pedalar com um tempo nublado. Roteiro lindo e bem estruturado.
Veja como foi o nosso segundo dia.

3º dia (08/03/2019) – Indaial a Rodeio
Dia bem tranquilo! O pedal é feito por uma estrada margeando o Rio Itajaí Açu, plana com muitas fazendas com plantações de arroz. Está região, já sentimos a cultura Italiana mais forte e a presença de Igrejas Católicas, datadas do último quarto do século 19 e primeira metade do século 20. Dizem que amanhã (4° dia) é o mais pesado. Então é descansar para “encarar” o trecho de 10 km de subida, logo no início.
Veja as como foi o nosso terceiro dia.

4º dia (09/03/2019) – Rodeio a Doutor Pedrinho
O trecho mais intenso com subidas bem fortes, Mata Atlântica, reflorestamento de Pinos e muita plantação de Arroz.
Veja como foi o nosso quarto dia.

5º dia (10/03/2019) – Doutor Pedrinho a Rio dos Cedros (Alto Cedros)
As subidas íngremes + o peso dos Alforjes, tornaram o trecho relativamente pequeno – 31 km, desafiante. Plantações de Arroz, Milho e Eucaliptos, são as culturas mais comuns, dessa região, que tem poucas casas e longos trechos de mata secundária. As acolhidas nas pousadas, ajudam a percorrer o caminho, com mais alegria e conforto.
O dia foi TOP!
Veja como foi o nosso quinto dia.

6º dia (11/03/2019) – Rio dos Cedros – Alto Cedros a Palmeiras
Dia bem tranquilo com subidas e descidas suaves em curva de nível, trecho com Mata Atlântica, plantações de Pinheiros, Eucaliptos e muitas lagoas.
Veja como foi o nosso sexto dia.

7º dia (12/03/2019) – Rio dos Cedros (Palmeiras) a Timbó
Fizemos o último dia debaixo de muita chuva. O que foi muito, para amenizar a subida mais forte de todo o percurso e também para concluirmos mais rapidamente a “saga” de 7 dias do Vale Europeu. Passeio maravilhoso, bem organizado, com ótimas pousadas, boa comida e excelente atendimento.

Parabéns a Santa Catarina pela bela Rota de Cicloturismo.
Veja como foi o nosso sétimo e último dia do passeio.

Como fomos:
Carro (BH // Itapeva // São Paulo // Curitiba // Timbó) – 1.100 km.

Onde dormimos:
Timbó – Timbó Park Hotel
Pomorode – Casarão Schimidt
Indaial – Hotel Fink
Rodeio – Cama e Café Stolf
Doutor Pedrinho – Bella Pousada
Rio dos Cedros (Alto Cedros): Hostel das Hortências
Rio dos Cedros (Palmeiras): Cedros Bike

o que levamos:
– Bike
– Alforjes
– Capacete
– Óculos
– Roupas (calça comprida e blusa de manga para pedalar, roupa de frio, roupa para dormir, camisetas, meias e roupas íntimas)
– Tênis
– Chinelo
– Kit Higiene pessoal
– Kit de ferramentas para pequenos reparos
– Câmera de ar extra
– Documentos, dinheiro, cartão de débito (usamos em praticamente todo o caminho)
– Telefone celular, carregador, carga extra para o celular

Valor médio gasto por pessoa (durante o caminho): R$ 700,00

Clique aqui, acesse o nosso Canal e veja um vídeo completo dessa Aventura.

Um abraço,
Helder Primo

Artigos Relacionados

Você sabe o que levar em uma Cicloviagem?

Você já pensou em percorrer “El camiño de La muerte“?

Pedal Pula Porteira – Vespasiano

Pedal na Serra da Moeda – Cachoeiras do Limoeiro e Boa Esperança

Rota dos Túneis – BH, Sabará e Nova Lima

LEAVE A COMMENT