O evento aconteceu em 2 salas e 1 pavilhão de exposição. A exposição aconteceu nos dias 10, 11 e 12/05 com stands de Natal, Bonito, Maranhão, Foz do Iguaçu, Galinhos, Ministério do Turismo, alguns sindicatos regionais e ainda alguns atrativos do norte e nordeste do Brasil.
No dia 10/05, houve a cerimônia de abertura com a “entrada das bandeiras”, sendo que cada estado aproveitou a oportunidade para mostrar os seus predicados. A nossa bandeira foi carregada pelos Guias Thiago e Sidneia (não houve uma preparação de Minas para esta cerimônia – aconteceu um ensaio as 15:00 do dia 10/05. Acredito que pelo horário do voo o representante do sindicato não teve como está presente). Após a entrada das bandeiras, houve os discursos de praxe, agradecimentos, patrocinadores, secretário de turismo, presidente de sindicato, da Fenagtur, cerimônia, apresentação de números do turismo, etc. Em seguida do Singtur/RN ofereceu um jantar com música ao vivo. Tudo muito bem organizado e com uma ótima apresentação. O ponto negativo neste jantar foi à falta de educação de alguns Guias de Turismo que não sabem respeitar filas e preferências (talvez o cerimonial devesse ter organizado melhor a logística, mas… faltou educação por parte dos Guias de Turismo). O jantar foi bem servido e a música rolou para todos os gostos e idades.
Nos dia 11 e 12 houve palestras com perguntas e respostas sobre os seguintes temas:
– Fiscalização dos Prestadores de Serviços Turísticos – MTUR e ANTT – O tema é espinhoso, gerou muitas perguntas sem respostas e deixou muitas dúvidas. Após 3 horas de explicações, ficou a sensação de que o processo de fiscalização ainda vai demorar a virá uma realidade. Fato é que se não houver uma união dentro de cada cidade e estado por parte dos Guias de Turismo, não haverá pressão no governo federal para que essa realidade seja alterada.
– Contribuição Sindical – com as mudanças propostas pelo governo federal, esse tema foi abordado no evento e o palestrante – José Antônio de Souza – Presidente da Força Sindical (apesar de não concordar com tudo) tem uma ideia bem legal: acabar com o imposto sindical, daqui a três anos. Desta forma os sindicatos serão obrigados a mostrar para os seus sindicalizados a real necessidade da entidade, de modos que a contribuição deixaria de ser obrigatória e passaria a ser compulsória, de acordo com o envolvimento com os benefícios conquistados para a categoria. Aqui faço uma resalva com relação à organização, pois como a ideia foi fazer um debate, faltou alguém para confrontar e explicar o porquê do fim do imposto sindical. Debate sempre deve haver um pró e um contra. Mas foi bastante elucidador a palestra.
– Saúde do Guia – Dermatologia, Fonoaudiologia e Otorrino – conversa aberta sobre a preocupação com a pele, a fala e a garganta do Guia de Turismo. Perguntas e repostas de interesse do Guia de Turismo. Os Guias tiveram a oportunidade de tirar as dúvidas sobre estes temas.
– Turismo Social – Sesc – Foi debatido como deve ser a relação do Guia de Turismo com o Turismo Social. Aqui houve uma grande preocupação dos Guias, sobre a dificuldade em presta serviços para o Sesc. Acho que o tema acabou se perdendo entre as dúvidas e perguntas dos Guias de Turismo. Penso que o Guia de Turismo ainda percebeu ou não entendeu a importância do MEI. O Guia é um empreendedor e trabalha de forma autônoma e não um funcionário de carteira assinada.
– Durante o evento ainda houve palestras sobre: Atrativos Geoturísticos – interessante para os Guias de Turismo que trabalham com turismo ecológico e de aventura; Marketing Digital, Turismo Relisioso, porém não participei, pois já estava a caminho do aeroporto para retonar a BH.
– Uma palestra que ficou fora de contexto em minha opinião foi o “case de sucesso” proferida pela Deca Bolonha que é Guia de Turismo e proprietária da Potiguar Turismo de Natal (Receptivo que atende a CVC). Durante a sua fala, ela por várias vezes, deixou bem claro que o Guia de Turismo é uma profissão “trampolim” e que dificilmente quem trabalha apenas Guiando terá sucesso financeiro e um futuro de vida com qualidade. A palestrante contou a sua história e deixou escapar que só “venceu” depois que montou a empresa. Na mesma palestra ela se contradiz ao falar que um Guia de Turismo que trabalha com ela, pode ganhar 3 mil por semana (entre diárias e comissões), porém na mesma fala ela diz que os Guias não são obrigados a vender… fiz uma intervenção e comentei que precisamos trabalhar para um diária melhor e não por comissões.
Para finalizar, a participação foi bem interessante, tendo 5 Guias de Minas (Thiago – representante do Sindicato, Sidinéia, Bizute, Nailde e Helder), indo de forma independente, mas que na ultima hora acabamos nos “juntando” e passando até uma boa impressão. Conseguimos distribuir material do destino Minas Gerias e Belo Horizonte para todos os presentes e com o apoio e agilidade da Setur/MG, Belotur, Convention BH e da Abav, ainda conseguimos apresentar Belo Horizonte como uma possibilidade de sediar o evento em 2019.
Penso que Minas Gerais (Guias e Entidades do Turismo), deve se organizar para ir ao evento de 2018, em Foz do Iguaçu de forma organizada, com demandas claras e objetivas, com stand do nosso estado e das nossas entidades (Singtur e Agturb/MG).
O Guia de Turismo é o profissional da cadeia que fica mais tempo com o turista e pode influencia-lo na decisão da próxima viagem ou destino. Então penso que trazer o congresso para Minas Gerais, além de fortalecer as nossas entidades, vai com certeza trazer para a nossa região um público que é formador de opinião.
Agora é aguardar os trâmites burocráticos da Fenagtur e do Singtur/MG, para em seguida, temos uma resposta de preferência positiva a respeito de sediar o evento em 2019.
Agradeço a todos pelo incentivo e a Setur, Belotur, Convention, Abav e Singtur por acreditarem na ideia de apresentar Belo Horizonte como possível sede deste evento.
Em tempo: o Thiago em breve deve apresentar um relatório sobre a AGO da Fenagtur, que aconteceu no dia 15/05/2017.
Veja mais fotos desta atividade.
Um abraço,
Helder Primo – Guia de Turismo
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