A Praça Cristo Redentor – ou simplesmente praça do Cristo do Barreiro –, espaço conhecido da população barreirense, marca o encontro entre as ruas Mannesmann e Dona Lalá Fernandes. Com 7.056 metros quadrados, o local é observável de vários bairros belo-horizontinos, e até de cidades vizinhas como Contagem, Nova Lima e Ibirité. No eixo central do largo – ou seja, com 84 metros distanciando cada lado da margem – o Cristo Redentor de Belo Horizonte observa, do alto de seus 11,8 metros, o esplêndido crescimento da capital mineira desde dezembro de 1955 – quando deu-se o lançamento de sua pedra fundamental.
Constituído de alvenaria na maior parte da fundação, o tronco da imagem tem interior oco e equilibra-se em quatro colunas. Os membros superiores, por sua vez, apoiam-se por vigas em duas colunas. No entorno, circulando a estátua como centro referencial, o piso de pedra portuguesa forma interessante desenho geométrico.
Onze metros e oitenta centímetros de altura da estátua – que não levam em conta, ainda, a base de 4m² – são sustentados por 2 metros de alicerce em concreto ciclópico.
O corpo mede 10 metros, somando-se aos 1,80 metros da cabeça. Os braços abertos do Cristo de Belo Horizonte compreendem incríveis 13,50 metros de um dedo médio ao outro, com as mãos representando 20% dessa medida – cerca de um metro e trinta centímetros para cada palma. Todos os entalhes foram moldados pelo escultor João Scuotto, durante quatro meses consecutivos de trabalho.
O projeto logrado pelo engenheiro Mozar Moreira da Silva teve seus cálculos estruturais executados pelo também engenheiro Domingos Daré e sua equipe, contando com a atuação de Raimundo Ribeiro como mestre de obras. Na inauguração da pedra fundamental, em 1956, várias autoridades civis e militares estiveram presentes e acompanharam a benção do arcebispo de Belo Horizonte, Dom Antônio dos Santos Cabral.
O conceito do construto foi concebido em todos os detalhes pelo imigrante italiano Caetano Pirri, à época proprietário de duas fazendas que deram origem ao Bairro Milionários quando subdivididas.
Tombado pela prefeitura como patrimônio histórico da cidade, o local é uma das melhores opções para quem quer apreciar o conjunto de bairros e serras do Barreiro. Da extensa vista oferecida pela sacada, é possível admirar a incrível cadeia montanhosa que emoldura a região.
De um lado, o belo horizonte enche os olhos dos visitantes com o Hospital Metropolitano, parte do conjunto de bairros das regiões popularmente conhecidas como Barreiro de Cima e Barreiro de Baixo. À esquerda, é possível contemplar o Parque Estadual da Serra do Rola Moça, além de uma panorâmica tomada do Anel Rodoviário ao fundo. Com arena teatral, ampla área de convivência e localização privilegiada, a Praça Cristo Redentor também é visitada por quem busca a prática de esportes e lazer, além de atividades culturais e religiosas.
Fonte: “Barreiro – 130 anos de história: da argila ao aço“ – Antônio Augusto de Souza
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